quinta-feira, 19 de julho de 2007

Bolinha de Borracha



A estrela sumiu
Faz muito tempo
Senti tanto sua falta
Morri um pouco no vácuo
Faltou ar, faltou água.
O chão sumiu,
Desanimação suspensa
Fiquei presa em Cronos
Anos...anos

Nesse tempo
Uma bolinha de borracha
Bateu na minha testa
A tal da testa aberta...
Entrou
Como tudo ali sempre entra
Ficou
Trapeziou
Me deslocou
Me entreteu

Foi então
Que a estrela, quem diria.
Apareceu
Voltou pra mim
E eu pra ela
Toda animada

Gira mundo
Mente gira
Gira estrela
Pula bola
Estrela na mão
Não quero mais
Entendi...
Sonhos racham
A estrela me consome
E eu só consigo pensar
Na bolinha de borracha

7 comentários:

Unknown disse...

É bom mudar!Assim como as pessoas, as coisas tb passam pela gente...

Marcelo Cantalice Dias disse...

Acho que esta bolinha era do malabarista...kkk
Adoro como faz um poema entrar na fenda da minha cabeça!!!
Beijos
Tem novidade lá no blog!

Fernanda Passos disse...

É isso. A estrela por qual tanto esperou quando chegou não era mais querida por ti. Ficaste com a bolinha.
Vida linda, né? Faz com que a gente mude e se desloque totalmente através de Cronos, esse velho de barbas brancas, que algumas vezes nos aprisiona mesmo.
Que se libertem os capazes de mudar!
Lindo Heloísa, como sempre.
Bjs.
Passa no meu cantinho.

Anônimo disse...

b
as vezes é melhor ficar com o desejo branco..a vida em mutação o tempo todo..isso assusta mas amadurece..
vc sabe
lindo!!!!! qta mudança em vc
amote

Anônimo disse...

Acho que a estrela e a bolinha de borracha s�o as mesmas coisas, mas com carinhas diferentes... Aproveite tudo de bom que a vida est� te oferecendo amor...
Estou com vc!

Fernanda Passos disse...

Heloisa, se foi de você que os elogios vieram, estou felicíssima.
Sei que você é maravilhosa e me curvo à tua capacidade de analisar uma poesia. Beijos.

Assis de Mello disse...

Linda essa criptografia poética !!!
;-)