
Kardex...
Fiz um roteiro maluco, com certeza havia algum melhor, pegamos o trem em Paris para Le Mans (sim, a cidade das mil milhas) e depois mais um até Avranches, a cidade que nos disseram ficar mais próxima de Saint Michel.
O trem para Normandia não era em nada parecido com um TGV, rastejava lento como a paisagem, ao longe começaram a aparecer as primeiras casinhas típicas da Normandia, via as vilinhas gaulesas de “Asterix” que eu tanto amava, e numa elucubração imaginei “Kardex” ainda como druida divagando com “Panoramix” numa floresta:
-Um dia numa outra encarnação vou criar um nova religião...
-O que é religião?
-É fazer o povo acreditar, ter uma meta, algumas regras, fazer o bem...Acreditar em Cristo.
-Quem?
-Jesus; ainda não nasceu...
-Você quer alguma poção para febre? Logo ali há um carvalho.
-Por quê? Acha que estou maluco?Tenho visões!
-Acredito em suas visões, não acredito em intermediários entre homens e Deuses.É isso que me parece esse sistema que chama de religião.
-Hora, não somos mais ou menos isso?
-Claro que não, só conduzimos os ritos, os homens observam a natureza e de acordo com ela, a de fora e a de dentro, convocam os Deuses e procedem de acordo com sua ética, e assim dependendo de sua conduta, podem tornar-se um deles ou não. É nisso que acreditamos...
-Me parece desregrado demais..
-A tempestade avisa quando vai derrubar nossas casas? Os campos não nos surpreendem com boas ou más colheitas?
-Sim, por isso para trazer paz ao homem e não deixa-lo a mercê da natureza é que devemos protegê-lo...
-Se o homem fugir da Natureza que está fora, e não sofrer suas intempéries jamais vai saber cuidar de sua Natureza interior, mas não se ofenda com minhas palavras, também tenho minhas visões, em breve virão os romanos “reformados” e nos forçarão a transformar nossos Deuses em um. Deve ser este ao qual você se remete.
-Acha que devo fugir do meu destino?
-Não, mas tente ser uma pouco diferente, se é que me entende..
O trem para Normandia não era em nada parecido com um TGV, rastejava lento como a paisagem, ao longe começaram a aparecer as primeiras casinhas típicas da Normandia, via as vilinhas gaulesas de “Asterix” que eu tanto amava, e numa elucubração imaginei “Kardex” ainda como druida divagando com “Panoramix” numa floresta:
-Um dia numa outra encarnação vou criar um nova religião...
-O que é religião?
-É fazer o povo acreditar, ter uma meta, algumas regras, fazer o bem...Acreditar em Cristo.
-Quem?
-Jesus; ainda não nasceu...
-Você quer alguma poção para febre? Logo ali há um carvalho.
-Por quê? Acha que estou maluco?Tenho visões!
-Acredito em suas visões, não acredito em intermediários entre homens e Deuses.É isso que me parece esse sistema que chama de religião.
-Hora, não somos mais ou menos isso?
-Claro que não, só conduzimos os ritos, os homens observam a natureza e de acordo com ela, a de fora e a de dentro, convocam os Deuses e procedem de acordo com sua ética, e assim dependendo de sua conduta, podem tornar-se um deles ou não. É nisso que acreditamos...
-Me parece desregrado demais..
-A tempestade avisa quando vai derrubar nossas casas? Os campos não nos surpreendem com boas ou más colheitas?
-Sim, por isso para trazer paz ao homem e não deixa-lo a mercê da natureza é que devemos protegê-lo...
-Se o homem fugir da Natureza que está fora, e não sofrer suas intempéries jamais vai saber cuidar de sua Natureza interior, mas não se ofenda com minhas palavras, também tenho minhas visões, em breve virão os romanos “reformados” e nos forçarão a transformar nossos Deuses em um. Deve ser este ao qual você se remete.
-Acha que devo fugir do meu destino?
-Não, mas tente ser uma pouco diferente, se é que me entende..