domingo, 12 de agosto de 2007

Malabarista

Ah se ela me visse cá embaixo
Será que sentiria a aflição?
Não!
Quando seus pés agarram a corda
Deve pensar só no caminho
O destino seguro do outro lado
Onde a esperam mascarados
Será que sabe que estou aqui toda noite?
Olhando ao alto com devoção?
Sentindo meu corpo elevar-se
E transformar-se no bastão
Que leva nas mãos?

Não!

Mal sabe que existo na platéia
Mal sabe que saio
Quando seu numero acaba
Ah! Mas sou eu o bastão
Que leva nas mãos
Como fiel escudeiro
Onde ela estiver, aonde for!
Sigo atrás como um fantasma
Mundo inteiro...
Qualquer paradeiro
Sou dela miasma...