quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Sempre a Fenda!

Pensamentos tantos
Antes fosse um
Apenas um caminho
E que fosse comum
Um
Um!

Meus pensamentos
São hermafroditas
Procriam-se por conta própria
Não há portas que os prendam
Super-heróis que os rendam

Ai a fenda
Mal-bem dita
Fenda
Me mata, me fascina
Não há mesmice
Nem descanso

Vem!
Ponha a mão em minha testa!
Veja porquê sou louca
Não!
Não teste!
Basta duvidar
Ela vai te sugar!

Vagará eternamente
Pelo planeta sem fim
Que há dentro de mim...

Quer?

domingo, 5 de agosto de 2007

Deuses Constelados - poesias do 1711




Deuses Constelados- poesias do 1711


Na segunda você acorda e ainda é lua,
Gira e rodopia pela cama,
Ainda sonha e anda nua pela rua,

Terça coloca uma faca na cinta-liga
Duas pulseiras largas no ante-braço
Sai a pé depois das dez e vira dona do pedaço

Quarta, escreve cartas e as entrega por conta própria
Encontro-te no meio de qualquer estrada
E vesga, lume no escuro da encruzilhada

Quinta acorda reluzindo, toma banho de mel
Marca 11 encontros , outorga 17 mortes
De noite rapta as virgens e faz que sangrem no céu

Sexta é sempre a mais bonita, no ar um cheiro de mar,
Abraça seu filho e lhe dá conselhos e asas,
Procura o mais belo dentro de todas as casas

Sábado é sempre soturna
veste-se de preto e se tranca no quarto
pensa enquanto cala, e tarde dorme numa urna

Domingo vai ao parque com a molecada
Desfaz-se de todos seus crimes
E numa pirueta tem de volta sua alma iluminada...