quinta-feira, 28 de junho de 2007

Guerrilheira da Areia


A areia, primeira escola.
Entre baldes, primos
Pais e pás
Sempre besuntada com creme rosa
Que me fazia parecer uma índia
Uma indiana
Guerrilheira da areia

Ali dei meus primeiros passos
Como um ser independente
Vagava sozinha, olhando o mar
As vagas e carrinhos de sorvete
Só voltava quando alguém me achava
E me colocava debaixo do guarda sol amarelo
O cárcere adequado
A uma eterna fugitiva

Assim dentro da sombra torta
Fazia desenhos na areia
E mostrava
“Lindo” diziam sem ver...
Meus castelos, meus monstros
E cidades encantadas
E assim sem platéia alguma
Atuava sozinha
O que percebi ser melhor

Inventava as histórias
E a mente escrevia as palavras
Que eu não conhecia ainda
Na hora de ir embora
Destruía tudo feliz
Meus contextos eram isentos
Despossuidos de mim

Havia o dia seguinte
E com ele outras areias
Passos a diferentes rumos
Cárcere de todas manhãs
Novos desenhos e histórias
E longos mergulhos no mar
Nos braços do meu pai

Foi ali, ainda de fraldas,
Besuntada de rosa
Que conquistei minhas sardas
Meus reinos solitários
E de tudo a melhor parte;
A Arte!

Esculpida de sereia
Guerrilheira da areia!

4 comentários:

Anônimo disse...

veja bem..guerrilheira da areia..farei sua sereia ta!!
lindo..tocante..
bj sardenta

Anônimo disse...

ahhh esqueci..
foto mais lindaaa!!amei

Unknown disse...

Linda poesia...acho q a cor rosa te acompanha mesmo...faz parte da sua vida...rsss..

Anônimo disse...

Vc sempre foi uma guerrilheira!! Hoje então nem se fala!!!
rsrs
linda essa poesia minha flor!