sexta-feira, 29 de junho de 2007

Fofoletes Assassinas-Atentado 2


O Incêndio no Chiado


Fofolete Assassina.
Com seu pomponzinho.
Riscou a caixinha de fósforos.
Em Lisboa faz um tempo.
25 de agosto de 88.
Não tempo bastante
Para o esquecimento
O Chiado virou carvão
Centro histórico no chão.
Portugueses “inda contam exta hixtória”
Seu Manoel disse lembrar-se.
Da bonequinha rosa.
Que chegou num navio cargueiro.
Vindo do Rio de Janeiro.
-Meigamente “rixcou-se” na caixa,
se pôx no “Largo de Camõex”,
e “queimou-xe” junto, a todo mundo.

Isso pensa Seu Manoel.
Fofoletes têm magia Troll.
Renascem a cada atentado.
Ali fê-la renascer; um fado.

Fofoletes são culpadas.
Do incêndio no Chiado.
Do meu verbo “enduendado”.
Sadismo adocicado.
Anarquismo “Lorqueado”



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2 comentários:

Unknown disse...

Acho q essa tal de fofolete vai dar muito o q falar: vale até um filme...já estou vendo as cenas...rsss....grandes incêndios em diversas partes do mundo...rsss..

Anônimo disse...

O que mais me comove é o depoimento de Manoel! Dá pra notar seu temor, seu medo do monstrinho de gorrinho rosa... Seu Manoel nunca mais se esquecerá....
Pobrezinho...