quinta-feira, 24 de maio de 2007

Epilepsia (Fragmentos da M. da Lancheirinha)


Bom aqui deu “um tilt”

Estou há 2 dias sem escrever amor, me deu um “tilt”, comecei a ler sobre epilepsia, sobre Jung, sobre Adler, Freud, entre outros...Fui conversar com um amigo psicanalista, enfim, uma epopéia atrás dessa “anomalia” que chamam epilepsia. Descobri muitas coisas, coisas sobre a “própria” e outras coisas também, as “também” foram as mais importantes.
Sobre a epilepsia descobri correlações fascinantes, como grandes personagens históricos que sofreram desse “mal” .
Dentro da medicina é somente uma patologia derivada de inúmeros problemas cerebrais, como traumatismos cranianos, choque elétrico, abuso de cocaína, etc...
Dentro da concepção cristã, era uma possessão. Um espírito maligno “entrava” na criatura e a fazia, espumar, cair no chão, gemer, falar coisas sem nexo...Enfim era sempre necessário o chamado de um padre exorcista para arrancar o demônio.

Na visão coordenada, entre a filosofia e a ciência moderna mais sensorial, a epilepsia é ainda um enigma.

Interessante como quando não se tem respostas é fácil inventar uma. E quando se têm muitas, se torna quase impossível descobrir a certa.

Bem, dentro de tudo que pude pesquisar, dentro do que minha intuição buscava, encontrei muitas vertentes, mas não me cabe resolver o enigma. Só acalmar minha alma com alguns resultados interessantes, ou perturbá-la ainda mais; o que era na verdade a intenção, mas disso eu não sabia.


Santa Teresa de Ávila (a ébria de Deus, como é chamada) era epilética, fiquei pasma!


Você sabe das visões que ela teve, no meio de seus “delírios” como a de um anjo transpassando seu coração com uma flecha, mostrando nesse momento que deveria sair de sua omissão e começar sua missão!

Foi a partir de então que realmente incorporou a mulher “santa”, fez seus votos de pobreza e correu Espanha afora, erguendo mosteiros em nome da nova ordem que criara,(Carmelitas Descalças) seguindo os desígnios de Jesus, sim, das longas conversas que ambos tiveram, segundo ela... Amor, escrever “segundo ela” já mostra a mim, minha indagação quanto a este mito....
A pergunta é; existem seres tão sensíveis quanto ela, que de tal iluminação, encontram seu verdadeiro caminho, sua “Grande Obra’ através de ataques que nessa divagação nada mais são que outro nome para big-bang, metanóia, iluminação, individuação?
Ou será que a dor advinda desses ataques, os deixa realmente loucos, e como tábua de salvação encontram (são encontrados) por uma força intensa do inconsciente, que os foca em algo de muito grande, transformando assim essa loucura em algo realmente edificante?

Ora, se acima não escrevi a mesma coisa de maneiras diferentes!

-Perdão Santa Teresa, se já te amava, agora então....

6 comentários:

Anônimo disse...

Até deste assunto você trata em seu livro?!
Parabéns Heloisa!!
Quero vê-lo publicado, tê-lo em minhas mãos.
Um forte abraço!

Anônimo disse...

Parabéns pelo livro Heloisa!
É um prazer ter vc como colega de curso, e uma honra como amiga!
Seu livro é 1000!!!!!!
beijos....

Vivian Guilhem disse...

Basta apenas um trecho pra encantar todo mundo! Imagina quando lerem todo o livro!!!
Parabéns flor!

renato disse...

Nao ao certo quando voce irá publicar esse conto, mas certamente serei um dos primeiros da fila a comprá-lo!
Parabéns pela obra, é brilhante!!!

Anônimo disse...

Não sei ao certo quando voce irá publicar este conto, mas certamente sei que serei um dos primeiros da fila a comprar esta obra.
Parabens!!!

Djalma Silveira disse...

Heloísa, Se você escreve bem assim quando está em "tilt" imagine quando está inspirada?! Bem, na verdade, quem conhece alguns outros textos seus, sabe onde você pode chegar. Mas, certamente, você irá mais longe, mais alto ainda!

É sempre um prazer ler sua palavra, sempre bela como uma flor madura, ela sempre nos arranca da realidade em que nos encontramos alçando-nos aos patamares em que você nos deseja.

Forte abraço!