Quando uma jovem dormia na beira de um rio,
Acordou com o som de um galope
Um galope de um ciclope que passou por ela e nem viu
Esmagou sua cabeça na beira do rio.
O caldo de seu cérebro se misturou com as águas azuis,
Um único neurônio se salvou e como um pequeno girino nadou.
Chegou no oceano já como uma serpente azul,
Netuno ao ouvir a notícia ordenou que a trouxessem.
Nenhum tritão foi capaz de tal proeza, a serpente era invencível.
E ao perceber-se perseguida, gritou aos sete mares:
-Não temam, sou invencível porém não lhes quero mal.
Netuno não contente bramiu:
-E quem pariu um monstro assim tão virtuoso?
-A Pata de um ciclope foi meu pai, minha mãe uma mulher que sonhava, eu sou o sonho,
que sobreviveu.
-Com que sonhava sua falecida mãe?
-Sonhava que encontrava um grande amor entre as águas do oceano...
Assim, a serpente azul, nadou por todo mar, e por onde passou, espalhou o amor que sua mãe sonhou...
6 comentários:
Ainda por cima cria mitologias!!!!
Minha serpente azul dos mares!!!
Muito linda essa poesia...
Heloísa seu talento me impressiona cada dia mais, muito obrigado por compartilhá-lo conosco.
lindo..lindo.
Lindo, Heloísa! Texto criativo, denso e de uma delicadeza emocionante. Como expressar tanto escrevendo tão pouco?!
Queira, minha amiga, juntar à sua mitologia mais uma deusa, a minha, que se chama Heloísa. Pois seu texto não basta ser lido, deve ser lido com veneração e idolatria... sem exagero.
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